A Guerra pela sobrevivência
– uma análise –

Para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais

Sun Tzu, “A arte da guerra”

Como estudioso destas coisas do confronto, e levando em conta o tema da moda – o vírus, faço um paralelismo, assim a jeito de metáfora.

O vírus nada mais é do que o “Inimigo Desconhecido”.
Nós humanos, somos o seu opositor, porque lhe declaramos guerra. Ambos queremos sobreviver e multiplicar os nossos membros, não perdendo os que já temos.
Como em qualquer guerra, é preciso respeitar o inimigo, por mais detestável que ele seja.
É preciso também sermos frios na análise.

Nesta guerra temos:

× Campo de batalha:

Em todo o lado e a toda a hora.

× O exército inimigo:

É uma entidade invisível.
Não tem asas, mas <voa> desafiando a gravidade.
Muito rápido.
Não faz barulho.
Não usa diplomacia.
Pode estar ao nosso lado, pode estar até já dentro de cada um de nós e pode ser passado, sem querer, a outros.
O seu poder de ataque é grande e ataca o aparelho respiratório.
O seu motivo é a sua sobrevivência – quer multiplicar-se; o que é também a sua debilidade (se não se multiplicar, morre, ou desaparece, ou esconde-se… ).

× O nosso exército:

*As nossas forças:

A nossa melhor linha de defesa é a Ciência. A Ciência, como não tem ainda armas superiores, aconselha a não entrar em combate – ou seja, isolamento para evitar dar oportunidade à multiplicação.
Capacidade de trabalhar em comunidade e em equipa.
Usar a capacidade de “pensar à frente” e saber planear – sempre foi isso nos deu uma vantagem na sobrevivência como espécie.

*As nossas fraquezas:

Desvalorização da ciência (a ilusão de que dá mais jeito depender de si próprio).
Reagir mal ao (sempre presente) medo do desconhecido (reacções extremas como pânico / drama / euforia / gozo / desprezo / sobranceria / impulsividade / teimosia / desconfiança / paranóia / egoísmo / ganância).
A Ignorância ser, para muitos de nós, algo insuportável (o que leva a agir impulsivamente).

× Face a tudo isto, a Estratégia <militar> mais adequada passa por:

Evitar o confronto com o inimigo.
Espiar para recolher informações sobre como destruí-lo (departamento de ciência).
Aceitar ser ignorante e obedecer aos <oficiais>.
Flexibilidade na adaptação (a estratégia irá mudar).

× Consequências:

Imprevisíveis se não seguirmos a Estratégia actual.

Citando de novo Sun Tzu:


“A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante.”

Do vosso,
Pedro S.
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